A Goiás Alimentos S/A (Goialli), localizada em Goianésia, deu início ao plantio do tomate industrial no final do mês de fevereiro. Para este ano, a expectativa é que o plantio siga até o segundo quinzena de junho, quando também começa a colheita das primeiras lavouras do produto.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da empresa, Jalles Fontoura, serão 700 hectares de área plantada, com previsão de produção de 70 mil toneladas de tomates. Além de Goianésia, a empresa também vai plantar o fruto em Corumbá, Trindade, Vianópolis, São Luís do Norte e Vila Propício.
“O plantio ocorrerá em áreas favoráveis para a cultura de tomates, oferta adequada de água para irrigação e a utilização de alta tecnologia permitirão grandes produtividades”, ponderou Jalles.
Em 2021, a área plantada pela Goialli foi de 484 hectares, o que representa um aumento de 45%. Segundo a empresa a produtividade prevista para este ano é de 100 toneladas por hectare.
Engenheiro agrônomo, Felipe Fernando Batista Silva relata que o tomate industrial se diferencia dos demais tipos da fruta encontrados em supermercados. “O plantio do tomate industrial é totalmente diferente dos demais que encontramos nos supermercados. O tomate de mercado tem estaqueamento, o nosso não tem. No industrial, usamos a irrigação de pivô, fazemos o manejo de irrigação baseado em dados climáticos e da cultura. Só aplicamos a quantidade de água que a planta precisa para evitar desperdícios”, explicou.
Goiás é o maior produtor de tomate no Brasil, com 70% da área plantada do país. No geral, no ano passado, o Estado aumentou a área plantada em 5% e a produtividade ficou acima de 98 toneladas por hectare.
Na indústria, o tomate é processado e transformado em extrato e vários produtos que vão parar no supermercado. No caso da Goialli, o tomate é matéria prima para três linhas de produtos: extratos, molhos e ketchup.